
foto: Lisiane Becker
Em trabalho conjunto, a Rede de ONGS da Mata Atlântica
RMA), o Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica
(CN-RBMA) e o Ministério do Meio Ambiente, organizaram a SEMANA
DA MATA ATLÂNTICA 2013
O evento ocorreu em São Paulo, nos dias 27 e 28
de maio, na continuidade de outras atividades como o Viva Mata e a Assembléia
da RMA.
A pauta foi organizada em cinco mesas:
-aplicação da nova lei florestal
e suas implicações para a Mata Atlântica,
que enfocou o Cadastro Ambiental Rural (CAR). São Paulo mostrou
estar à frente, com sistema próprio.
-desafios na consolidação das Unidades
de Conservação no contexto da gestão, onde
o Secretário de Biodiversidade (MMA), Roberto Cavalcanti, apresentou
dados sobre as UCs - sem novidade alguma para os que estiveram no workshop
em Brasília. São Paulo, no entanto, surpreendeu com ações
efetivas de realocação de famílias residentes no
interior de UCs para conjuntos habitacionais bem planejados em Cubatão.
- convenção da biodiversidade e
metas de Aichi: Clayton Lino (CN-RBMA) demonstrou a viabilidade
do Brasil atingir algumas metas, como a meta 11, no bioma Mata Atlântica.
- resultados e perspectivas da cooperação
Brasil/Alemanha na Mata Atlântica
Texto postado
por Henrique Andrade Camargo:
Está em negociação uma nova
iniciativa de cooperação entre a Alemanha e Brasil, o Projeto
Biodiversidade e Mudanças Climáticas na Mata Atlântica.
Por parte do Ministério do Meio Ambiente da Alemanha (BMU) serão
destinados 14,3 milhões de euros, além da contrapartida
brasileira. A proteção da biodiversidade e do clima, a recuperação
florestal para promover conectividade e a consequente fixação
de carbono estão entre as ações que serão
desenvolvidas. Além disso, serão fortalecidos mosaicos de
Unidades de Conservação para o ordenamento territorial baseado
na conservação e a restauração de áreas
degradadas, anunciou o conselheiro de Cooperação para o
Desenvolvimento Sustentável da Embaixada da Alemanha, Daniel Alker,
que participou do painel “Resultados e Perspectivas da Cooperação
Brasil/Alemanha na Mata Atlântica” da Semana da Mata Atlântica
2013.
A cooperação entre os países já rendeu muitos
resultados por meio do Projeto Proteção da Mata Atlântica
II (PMA II), como o estabelecimento de cerca de 500 mil hectares de Unidades
de Conservação e a elaboração de estudos e
consultas para criação de mais de um milhão de hectares
a serem protegidos; o fomento de sistemas de Pagamentos por Serviços
Ambientais (PSA) em cerca de 900 mil hectares, onde mais de 1.700 famílias
foram beneficiadas diretamente e 1.9 milhão de hectares atingidos
indiretamente; e a adequação ambiental de 40 mil hectares
de propriedades rurais.
A mesa também contou com a participação do secretário
de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Roberto
Cavalcanti. O evento vai até amanhã, 28/05, no auditório
da Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo (Av. Herman Júnior,
345, Alto de Pinheiros).
Mais resultados
O PMA II, desenvolvido entre 2009 e 2012, teve como objetivo contribuir
para a proteção, o uso sustentável e a recuperação
da Mata Atlântica, considerada um hotspot global de biodiversidade
e um significativo sumidouro de carbono. Este projeto foi coordenado pelo
Ministério do Meio Ambiente (MMA), no contexto da Cooperação
Técnica e Financeira Brasil – Alemanha, no âmbito da
Iniciativa Internacional de Proteção ao Clima (IKI) do MMA,
da Proteção da Natureza e Segurança Nuclear da Alemanha
(BMU). Recebeu apoio técnico da Deutsche Gesellschaft für
Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH e apoio financeiro do KfW Entwicklungsbank
(Banco Alemão de Desenvolvimento), por intermédio do Fundo
Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio).
Em sua trajetória o projeto obteve outros resultados pioneiros,
entre eles a elaboração de sete Planos Municipais de Conservação
e Recuperação da Mata Atlântica demonstrativos e a
estruturação de um roteiro metodológico para a construção
destes planos. Outra ação que foi possível graças
ao PMA II foi a elaboração de uma estratégia espacial
integradora com mapas de remanescentes florestais e de conectividade da
paisagem na Mata Atlântica e a realização de cálculos
de estoques de biomassa (armazenamento de carbono) para a definição
de áreas prioritárias para proteção da biodiversidade.
Também foi estabelecida uma comunidade de aprendizado em PSA, utilizando
ferramentas de educação à distância, e editadas
publicações de experiências do projeto na criação
de áreas protegidas, em mecanismos de PSA, na elaboração
de Planos Municipais de Conservação e Recuperação
da Mata Atlântica e Adequação dos Imóveis Rurais.
As atividades do PMA II trouxeram também contribuições
para várias políticas públicas e programas, como
o fortalecimento do Sistema Nacional de Unidades de Conservação
(SNUC). Entre as principais iniciativas desenvolvidas estão o cumprimento
de obrigações brasileiras perante a Convenção
da Diversidade Biológica (CDB) e as Metas de Aichi de proteção
da biodiversidade (o plano estratégico 2011-2010 da Convenção
da Diversidade Biológica 2011-2020); a integração
da biodiversidade nos processos de planejamento territorial, promovendo
também um foco de prevenção a riscos causados por
eventos climáticos extremos; o fomento de mecanismos de incentivos
econômicos (PSA) para a proteção e conservação
da Mata Atlântica; a promoção de sinergias entre proteção
da biodiversidade e a questões ligadas às mudanças
climáticas (mitigação e adaptação);
a valorização da recuperação florestal é
uma linha estratégica para as ações dos diferentes
atores na Mata Atlântica; e a mobilização e a sensibilização
de atores para a proteção e recuperação da
Mata Atlântica, como a sociedade civil organizada, o setor empresarial,
os governos municipais.
Para a diretora do Programa de Florestas Tropicais da GIZ Ingrid Prem,
o cumprimento de todas as metas e os resultados obtidos não teriam
sido possíveis sem uma ampla rede de colaboração.
Entre elas a elaboração de uma agenda estabelecida entre
o MMA e outros órgãos de governo, como o Ministério
das Cidades (gestão territorial) e a Agência Nacional de
Águas (projetos de PSA); a cooperação com o setor
privado e com várias universidades e centros de pesquisas nacionais
e internacionais; e o fortalecimento de parcerias com entidades da sociedade
civil organizada, como a Rede de ONGs da Mata Atlântica (RMA) e
o Pacto pela Restauração da Mata Atlântica (PACTO),
além da integração com projetos estaduais e municipais
de proteção da Mata Atlântica.
-o potencial da Mata Atlântica como sumidouro
de carbono e a necessidade de adaptação às mudanças
climática
Texto postado
por Sílvia Franz Marcuzzo:
É preciso descobrir como fortalecer a resiliência
da Mata Atlântica, onde mora a maior parte da população
brasileira
Moradia de mais de 70% da população brasileira, a Mata Atlântica
está fortemente sujeita às quatro grandes ameaças
das mudanças climáticas: aumento da temperatura, elevação
do nível do mar, eventos extremos e alteração no
regime de precipitação (incluindo grandes secas). Por conta
disso, a discussão para este território precisa considerar
fortemente as medidas de adaptação a essas ameaças.
A informação é de Karen de Oliveira Cope, diretora
de Políticas para Adaptação à Mudança
do Clima, do Ministério do Meio Ambiente (MMA).

foto: Lisiane Becker
Medidas de mitigação das emissões na Mata Atlântica
são importantes, “mas faltam dados de vulnerabilidade para
a região, onde há chances de perda de 30% da biodiversidade
até 2050, conforme o 1º Relatório de Avaliação
Nacional do Painel Brasileiro de Mudança do Clima”, disse
a diretora da Secretaria de Mudanças Climáticas do MMA,
durante a Semana da Mata Atlântica, evento que terminou dia 28 de
maio, em São Paulo.
“Precisamos pesquisar e descobrir como fortalecer a resiliência
da Mata Atlântica para as mudanças climáticas”,
disse a diretora, que participou da mesa “O potencial na Mata Atlântica
como sumidouro de carbono e a necessidade de adaptação às
mudanças climáticas”. O evento foi uma realização
conjunta do MMA, Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo,
Reserva da Biosfera da Mata Atlântica e Rede de ONGs da Mata Atlântica,
com apoio da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento
Sustentável.
Para Bernardo Strassburg, diretor executivo do Instituto
Internacional pela Sustentabilidade e coordenador do grupo de trabalho
de Economia e Restauração do Pacto pela Restauração
da Mata Atlântica, o potencial de mitigação na Mata
Atlântica é alto, por conta da biodiversidade e das possibilidades
de fixação de carbono. Além disso, a restauração
é uma alternativa de geração de emprego, renda e
que minimiza riscos à população, como a ocorrência
de enchentes e deslizamentos.
Strassburg ressaltou que a Mata Atlântica possui
15 milhões de hectares aptos para restauração com
pouca possibilidade de geração de conflito com outros usos
da terra. No entanto, é uma atividade econômica de longo
prazo, custo alto por hectare, além da falta de informação
para produtores e sociedade e falhas de mercado. Para resolver essas questões,
o especialista mostrou que várias alternativas têm sido estudadas,
como a utilização de espécies exóticas (como
o eucalipto) nos primeiros anos de restauração, que depois
seriam retiradas, e a utilização de Pagamento por Serviços
Ambientais (PSA) de carbono e água nos primeiros anos do processo,
até que os retornos relacionados aos produtos florestais –
potencialmente mais rentáveis – comecem a chegar.
“As metas de restauração para
a Mata Atlântica são ambiciosas e demandam níveis
altos de investimento em algo que provém produtos e bens”.
Ele avalia que com a utilização do PSA de carbono na restauração
pode ser criado um sistema sustentável que se retroalimentaria.
“É isso que tentamos mostrar dentro do Pacto”, disse
o coordenador do GT.
Reconhecer e demonstrar o valor da conservação dos ecossistemas
e da biodiversidade também é um caminho importante para
garantir recursos para a proteção da Mata Atlântica.
Segundo Susan Edda Seehusen, diretora executiva da Conservation Strategy
Fund (CFS), este tema é conhecido como Economia dos Ecossistemas
e da Biodiversidade (TEEB, na sigla em inglês), que mostra a importância
econômica de se levar em consideração os serviços
ambientais nos investimentos públicos e privados.
Susan apresentou exemplos concretos, como um estudo realizado em um bairro
da cidade de Teresópolis, destruído pelo deslizamento na
região serrana do Rio de Janeiro em 2011.

foto: Lisiane Becker
A análise mostrou que o custo da tragédia
na área ficou entre R$ 127 milhões e R$ 425 milhões,
enquanto o custo de realocar os moradores para outras áreas ficaria
entre R$ 7,7 e R$ 21,2 milhões. Susan conclui que é mais
econômico e vantajoso realocar as famílias e recuperar a
área, nem que demore 180 anos para acontecer outra tragédia.
- aplicabilidade de instrumentos financeiros para
conservação e promoção do uso sustentável
dos recursos naturais
Texto postado
por Sílvia Franz Marcuzzo:
Pagamento de Serviços Ambientais (PSA), compensação
ambiental, ICMS Ecológico são alguns tipos de instrumentos
econômicos que podem ser utilizados para conservação
da natureza ou mitigação de impactos. Eles são amplamente
utilizados em políticas públicas em vários países
para corrigir falhas de mercado e aumentar a eficiência da economia.
No entanto, “sua natureza está fortemente associada ao objetivo
de política”, explicou Ronaldo Seroa da Mota, professor da
UERJ. Ele apresentou um panorama para embasar conceitos econômicos
que permeiam esse assunto na mesa “Aplicabilidade de instrumentos
financeiros para conservação e promoção do
uso sustentável dos recursos naturais”, dentro da programação
da Semana da Mata Atlântica 2013.

foto: Lisiane Becker
Seroa da Mota salientou que os custos e o contexto
de cada situação é que vão definir o tipo
instrumento a ser utilizado. Um exemplo de PSA apresentado foi o que vem
sendo utilizado pelo município de Extrema, no Sul de Minas Gerais,
que aposta na conservação da natureza há mais de
15 anos. Com o envolvimento da comunidade, através da proteção
de suas nascentes, a população do município recebe
pela “produção de água”. Vem de lá
boa parte da água que é consumida por quase metade da população
da Região Metropolitana de São Paulo – cerca de nove
milhões de pessoas.
O Estado de São Paulo lançará no próximo dia
do meio ambiente o projeto Cerca Viva, um tipo de PSA, com financiamento
a fundo perdido, para que os produtores rurais cerquem suas Áreas
de Preservação Permanente (APP). Esta informação
foi apresentada pelo secretário adjunto da SMA/SP, Rubens Rizek,
um dos palestrantes da mesa. Ele disse que o Estado conta com marco legal
para PSA e está à frente em relação a outras
realidades brasileiras. Citou a experiência com a bacia hidrográfica
Piracicaba-Capivari-Jundiaí, onde o município de Extrema
está inserido, e outras sete formas de utilização
desse tipo de instrumento no estado. Essas experiências permitem
que sejam apontados gargalos e entraves que impedem o avanço da
aplicação de instrumentos financeiros para a conservação.
Entre os desafios citados por ele, estão a
baixa eficiência da aplicação das medidas estabelecidas
no licenciamento ambiental e dificuldades com a burocracia pública.
Segundo Rizek, que é coordenador da Comissão Paulista da
Biodiversidade, os esforços para a mitigação de impactos
por parte do empreendedor são muito mal direcionados. “São
Paulo emitiu 35 mil
licenças em 2012, isso não tem paralelo no mundo, sem falar
em empreendimentos de alto impacto”. Rizek argumenta que não
adianta incluir o plantio de mudas, se as plantas provavelmente vão
morrer por falta de cuidados. “Existe uma cultura de se desperdiçar
esse esforço e a culpa é do poder público, que não
tem inteligência, criatividade em projetos”, acrescentou.
Já Rui Rocha, diretor do Instituto Floresta
Viva, do Sul da Bahia, acredita que o problema maior é o modelo
econômico vigente, que não apresenta respostas para os problemas
da atualidade. O ambientalista citou a sua região, onde propriedades
que produziam cacau estão se transformando em fazendas de gado.
A crise ocorre devido ao baixo preço pago à matéria-prima
do chocolate por influência dos valores da fruta produzida na África.
Ele defende a ampliação da cadeia produtiva do cacau no
modelo cacau-cabruca (um sistema agroflorestal) na região de Ilhéus,
onde há cerca de 500 mil hectares plantados.
Rocha entende que há formas de se valorizar
os serviços ecossistêmicos e a biodiversidade. Na produção
convencional de cacau, o valor que é pago ao produtor sobe duas
vezes depois de ter passado pelas empresas de moagem da região
e dez vezes mais após ser transformado em chocolate, em indústrias
do Sudeste. Ele acredita que um modelo baseado na produção
de chocolate sustentável, que ofereça condições
dignas de trabalho para os trabalhadores de campo, o produto poderia ser
valorizado até mais de 20 vezes. Mas para isso, seria preciso ter
um olhar sistêmico da situação. E isso significa não
apontar o agricultor como um criminoso, mas agente de uma nova economia,
concluiu.
Exemplos de cadeias produtivas da sociobiodiversidade foram apresentados
por Ivy Wiens, do Instituto Socioambiental, que juntamente com seus parceiros
locais vem desenvolvendo atividades no Vale do Ribeira, interior de São
Paulo. Segundo Ivy, a região tem um grande potencial para o aproveitamento
de espécies nativas da Mata Atlântica. Um exemplo citado
por Ivy, é o palmito juçara, que não precisa ser
derrubado para dar lucro, pois o fruto oferece uma deliciosa polpa, que
pode ser usada para fazer sucos, pães, molhos e doces. Acrescentou
ainda o quanto as comunidades rurais podem se beneficiar com a coleta
de sementes nativas, cada vez mais valorizadas por viveiros no uso de
recuperação de áreas, ou também empregadas
na confecção de peças de artesanato. “Isso
evidencia que as cadeias produtivas também têm uma função
social”, explicou.
A ambientalista aproveitou para divulgar a feira
de troca de sementes quilombolas a ser realizada nos dias 23 e 24 de agosto
desse ano, em Eldorado. Segundo ela, a região tem condições
de oferecer um turismo de base comunitária, explorando aspectos
da cultura local. Ivy sugere que além de iniciativas de restauração
florestal e de manejo na propriedade, é fundamental capacitar os
técnicos de órgãos governamentais para que incorporem
uma visão ambiental na extensão rural. Para ela, o fortalecimento
das cadeias produtivas da Mata Atlântica precisa de incentivos à
organização local e também da implementação
de políticas públicas em que tragam benefícios para
as comunidades.
Solenidade entrega o Prêmio
Muriqui
Texto postado
por Henrique Andrade Camargo:
Eduardo Guadagnin
Segundo Clayton Ferreira Lino, presidente da RBMA,
o empreendedor foi pioneiro na demonstração de que é
possível o cultivo da erva-mate como fonte de renda e sustentabilidade,
tendo um negócio associado à conservação da
Mata Atlântica. “Eduardo é hoje vice-prefeito de Putinga
e lidera um conjunto grande de ervateiros, um dos segmentos que mais gera
empregos, com produção orgânica, manejo florestal
exemplar e preservando também a araucária”, ressaltou.
“Nunca pensei que seria valorizado por ter
uma empresa tão pequena. É um trabalho de mais de 20 anos,
recuperando a floresta. Trabalho que precisa ser paciente, mas é
uma obrigação, pois é o futuro da nossa nação
e dos nossos filhos e netos”, disse o premiado.
O prêmio institucional foi para o Município
de Extrema (MG), pioneiro na implantação
do pagamento por serviços ambientais para proprietários
que protegem ou recuperam suas áreas de matas ciliares. Instituídos
por uma lei municipal em 2005, o projeto Conservador das Águas
teve início em 2007 e já protegeu mais de 3.000 hectares
de áreas, onde foram plantadas 250 mil mudas de espécies
nativas da Mata Atlântica, na bacia dos rios Piracicaba-Capivari-Jundiaí.
O prêmio foi entregue ao vice-prefeito João Batista e ao
secretário de Meio Ambiente Paulo Henrique Pereira.
O Prêmio Muriqui Especial foi entregue à
Conservação Internacional, organização
não governamental que desde 1990 atua como instituição
autônoma no país e possui uma atuação intensa
na Mata Atlântica, na proteção da biodiversidade.
Sua atuação é descentralizada e multidisciplinar,
com enfoque em áreas como pesquisa, divulgação e
comunicação.
Luiz Paulo Pinto, diretor da CI-Brasil agradeceu o prêmio e lembrou
que o muriqui é um símbolo para a instituição,
pois foi foco do primeiro projeto da ONG no país, e continua até
hoje, sendo, portanto, seu projeto mais antigo. “Hoje, nosso desafio
é trabalhar com economia verde, mantendo a marca da CI-Brasil,
que é autuar sempre em parceria com outras instituições”,
declarou.
Criado em 1993, o Prêmio Muriqui tem o objetivo de incentivar ações
que contribuam para a conservação da biodiversidade, o fomento
e divulgação dos conhecimentos tradicional e científico
e a promoção do desenvolvimento sustentável na área
da Mata Atlântica. A premiação é constituída
de uma estatueta de bronze representando um muriqui (Brachiteles
arachinoides) e um diploma. O muriqui é o animal símbolo
da RBMA. Os premiados escolhidos através de voto dos membros do
Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica em suas
ações anuais.
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